Neste artigo é problematizado o processo social de formação da identidade “homoafetivo”. Neste sentido, almeja-se discutir qual o sentido do seu uso em detrimento da categoria homossexual. A especifi cidade deste processo se faz num recorte histórico-social de luta por reconhecimento dos direitos sexuais de gays e lésbicas no Brasil, como o direito à conjugalidade e à parentalidade. Na esteira desta atuação, perpassam discussões e enfretamentos sociais e políticos que atentam aos múltiplos sentidos atribuídos às identidades divergentes da heteronormatividade. Assim, o foco da análise se desdobra no estranhamento da categoria homoafetivo, emergente em discursos jurídicos, mas atualmente utilizado em espaços distintos. Aventa-se que esta seja uma forma de valorização e/ou aceitação do homossexual, desde que ajustado ao modelo familista e moral.